Confira dicas para negociar uma dívida com a administradora do cartão de crédito, planejamento financeiro é fundamental pra quem quer limpar o nome na praça.

Felizmente a maioria dos bancos e administradoras de cartões de crédito estão dispostas a negociar com o consumidor, visto que ela tem interesse em receber.
Caso o seu nome tenha sido cadastrado na lista das empresas de proteção ao crédito, tais como, SCPC ou Serasa, a empresa tem até 5 (cinco) dias úteis após a negociação e/ou pagamento da primeira parcela do acordo para retirar o nome do cliente.
Negociando a dívida
O passo mais importante para você negociar uma dívida é entrar em contato diretamente com a administradora responsável pela sua dívida, isso porque ela poderá lhe informar qual o valor atualizado (com os juros) e também qual o CET (Custo Efetivo Total) em caso de uma negociação.
O número de atendimento da sua administradora está descrito no verso do cartão. Se a dívida for de longa data (dívida antiga), a empresa pode fornecer um número de telefone de uma central especializada em negociação ou em alguns casos de um escritório de advocacia especializado em cobranças.
Já tenha o valor em mente – É importante que antes de fechar uma negociação o consumidor tenha conhecimento de seu orçamento financeiro, é preciso ter ciência do quanto você pode gastar por mês com o pagamento de determinada negociação, isso porque em caso de acordo e o consumidor não conseguir honrar com os pagamentos pode perder o valor negociado.
Descubra se o valor do acordo cabe no seu orçamento
As empresas de cobrança são especializadas em fechar acordos com o consumidor, muitas vezes elas utilizam de artifícios psicológicos para estimular o consumidor a aceitar determinado acordo (nem sempre vantajoso).

Normalmente não se deve aceitar a primeira oferta, isso é negociar. A maioria das empresas de negociação possuem uma margem de negociação de dívidas, isso significa que elas podem lhe informar um valor maior, mas dependendo do sucesso da negociação podem reduzir o valor para que o cliente aceite um acordo.
É importante ter certeza de que o acordo poderá ser honrado, visto que em caso de atraso ou inadimplência o cliente pode perder o valor do acordo, muitos acabam inclusive perdendo o valor que foi pago no momento da negociação. Ao negociar, a dívida antiga deixa de existir, pois o cliente adquiriu uma nova despesa através de um acordo.
Faça o parcelamento se não puder pagar à vista
Praticamente todas as empresas de negociação de dívidas vão oferecer mais de uma opção ao consumidor. As empresas têm conhecimento que o consumidor endividado nem sempre tem a possibilidade de pagar à vista. É por essa razão que a maioria das empresas disponibilizam negociações a prazo, isto é, o valor da dívida é parcelado de forma que caiba no orçamento do consumidor.

Ao realizar uma negociação a prazo (parcelada) é importante não analisar apenas o valor da parcela. Muitas empresas acabam se aproveitando da inocência do consumidor para estimulá-lo a pagar mais caro durante o pagamento parcelado, então verifique qual é o Custo Efetivo Total (CET) da sua negociação, quanto realmente você vai pagar no final.
Além de ficar atento ao custo efetivo total é preciso também verificar as datas e condições de pagamento, isto é, o vencimento deve ser compatível com o seu orçamento familiar, lembre-se que ao negociar não poderá haver nenhum atraso no pagamento, caso contrário poderá haver a quebra de contrato.
Troque sua dívida por uma mais barata
Os juros do Cartão de Crédito e do Cheque Especial são os mais altos do mercado, então é interessante avaliar a possibilidade de trocar a sua dívida por uma com taxa de juros mais atrativa, dessa forma você quita a dívida do Cartão e começa a efetuar o pagamento de um empréstimo, que normalmente possui taxas mais atrativas.
O ideal é procurar bancos e financeiras que disponibilizem empréstimo pessoal e/ou crédito consignado, na grande maioria das vezes a taxa de juros é muito menor do que aquela cobrada pelo dinheiro de plástico.
O grande problema é que o consumidor endividado encontra muita dificuldade para conseguir empréstimos, pois normalmente ele já está com o nome incluído no Cadastro de Proteção ao Crédito, o popular “nome sujo”.
Avalie o cancelamento do Cartão
Embora o Cartão de Crédito seja um aliado se utilizado da forma correta, em mãos erradas ele pode acabar se tornando em uma tremenda dor de cabeça. Há pessoas que são muito consumistas, pelo fato de ter um “plástico” com limite a disposição acabam sempre gastando o que não podem pagar, neste caso a recomendação é cancelar.

Lembre-se de que o limite do cartão de crédito não é um “dinheiro extra”, para ter mais controle é fundamental utilizar planilhas para ver o quanto você pode gastar.
Cuidado com as compras parceladas
Hoje em dia existe uma tentação muito grande em cima do consumidor, praticamente quase tudo pode ser adquirido em até 12 vezes (com ou sem juros), com isso alguns consumidores acabam perdendo completamente a noção do valor da sua dívida.
Não vá pelo valor da parcela, leve em conta o valor total da compra. Lembre-se do dito popular: “De grão em grão a galinha enche o papo” só que no sentido negativo. Por mais irrisório que seja o valor da parcela, no momento que elas são somadas na fatura elas acabam aterrorizando o consumidor.
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Ter o nome limpo é sem dúvida uma das principais vantagens ao fazer um acordo. Mas lembre-se, é preciso honrar com o acordo, caso contrário seu nome voltará a ser incluído na lista de proteção ao crédito, sendo a sua data renovada.
Se não conseguir chegar a um acordo não se sinta envergonhado. Com certeza haverá outra oportunidade para que consiga efetuar o pagamento da dívida, normalmente quanto mais tempo a dívida deixa de ser paga, mais barata fica a negociação, principalmente quando está próximo de caducar (sumir do órgão de proteção ao crédito).
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